quarta-feira, 28 de abril de 2021

Sorrir é Preciso


 É Claro que Gosto de Sorrir...


Gosto de sorrir,

E acredito que o sorriso,

Seja um raio de sol,

Num dia de muita chuva.


Mas muitas vezes.

não é fácil sorrir,

Sorrio para quem quero,

quando quero e como quero!


Sei que o sorriso,

aquece corações, quebra gelo,

abre caminhos e desarma 

os mal-humorados!


No entanto, eu não consigo sorrir,

se não tiver paz no meu coração,

Quando sorrio é porque estou bem,

E faço-o com sinceridade e paixão!


Não escondo sorrisos,

Retribuo todos os que me dão.

Mas sorrisos sinceros,

Sorrisos plásticos, esses não!


Sorrisos, e raios de sol,

São precisos na minha Vida,

Pinto com suspiros a alma,

Porque gosto da Vida colorida.


Cecília Macedo

sábado, 24 de abril de 2021

Não vamos deixar morrer o 25 de Abril de 74





Há muitos anos atrás,

Não havia liberdade de expressão

Não se podia beber coca-cola

E falar livremente também não


Havia um só partido

Que era a União Nacional

Quando Salazar sobe ao poder,

Do nosso país que é Portugal


País de inspiração facista,

Repressor e autoritário,

Marcado pela guerra do Ultramar,

E por este Prof. Universitário


Quem discordasse do regime

Era torturado ou um alvo abater

Porque a autoridade do Salazar

Estava na PIDE e no seu prender


Em 1968 Salazar fica doente,

E Marcelo Caetano sobe ao poder,

Começa a Primavera Marcelista,

E a esperança começa aparecer


Mas não demorou muito essa esperança,

E nada do que pensávamos se concretizou,

Com a chegada do 25 de Abril de 1974

Um país e o seu povo logo despertou


E depois do Adeus e Grândola Vila Morena, 

As senhas que passaram na rádio nesse dia

Foram a  alavanca para derrubar Marcelo

E acabar com a ditadura que nos perseguia


Em vez de balas as espingardas tinham cravos,

E nas ruas  tristeza transformou.se em alegria

Porque ao fim de 48 anos de censura

A esperada e desejada Liberdade vencia.


Cecília Macedo

Abril 2021


Desenhos da RTP1

domingo, 21 de março de 2021

As Árvores



Quanto mais velhas,

mais bonitas!


Fazem sombra,

Trazem perfume,

Produzem oxigénio,

Agasalham pássaros,

Sabem canções de amor,

Passam por ventos e tempestades.


Mas como nós vão envelhecendo,

mas sem ruídos nem gemidos,

sem queixas, e sem tristezas,

E muito mais que isto,

Conseguem morrer de pé!


Cecília Macedo

domingo, 7 de março de 2021

Mulher sou Eu és Tu



Mulher é ser forte,

É ser mãe, ser filha, 
Ser amiga, amante 
E confidente! 

Mulher é ser calma, 
Quando tudo parece
Desabar! 

Mulher é sentir dor, 
E lsofrer sozinha
Sem nunca se queixar! 

Mulher é criar os filhos, 
Querer dar-lhes o melhor, 
Mesmo que para isso, 
Se tenha que multiplicar! 

Mulher é ser rainha
Sem ter Castelo, 
É ser uma bênção 
sem ser santa

Mulher sou Eu e és Tu! 

Cecília Macedo
Março 2021

quinta-feira, 4 de março de 2021

Casarão Abandonado


Neste casarão,

moraram pessoas,

correram crianças,

e houve felicidade!


Hoje não tem portas,

nem janelas,

nem trinco,

para guardar segredos!


Este casarão está abandonado,

Com cicatrizes do tempo,

E a olhar o rio,

morre de saudades!


Cecília Macedo

Março 2021



quinta-feira, 25 de fevereiro de 2021

Rainha do Douro

Como ela é linda,

Sempre a olhar o mar,

Abraça Porto e Gaia,

E vê os barcos passar.


Rainha das pontes,

Em arco de betão armado

Monumento nacional,

Projeto pelo Edgar Cardoso criado.


De um lado a Rua do Ouro,

Do outro a bela Afurada,

Pelas festas do S. Pedro,

Ela é muito apaixonada.


Quando por baixo dos seus braços,

Passam os barcos com turistas,

Ela sorri de felicidade,

E lembra as suas conquistas.


Nas festas de S. Pedro,

Toda ela é beleza

Veste-se de brilho e cor,

Uma atração com certeza.


Lá longe no Cabedelo,

Bem colorido e singelo,

Ela vê o pôr-do-sol,

Que é de todos o mais belo.


E está majestosa rainha,

Das pontes de Portugal, 

Deixa o rio Douro feliz

Porque não existe igual.


Cecília Macedo

Fevereiro 2021

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2021

A CIDADE ESTÁ DESERTA





A cidade está deserta

Gente com cara tapada, 

onde os olhos sobressaem,

cansados, amedrontados e tristes.


A cidade está deserta,

De beijos, abraços e carinhos,

Não há sorrisos nem encantos,

Mãos dadas, e expressões faciais.


A cidade está deserta,

De brincadeiras no parque,

Gritos e risos de crianças,

Jogos de bola nos recreios.


A cidade está deserta,

De sons, de tato e de afetos.


Cecília Macedo

Fevereiro 2021

OS RABELOS FICAM CANSADOS



Parados no rio Douro.

E sem vontade de velejar.

Os Rabelos ficam cansados,

De estar de costas p`ró mar!


Sem pessoas nas marginais

Para os poder observar,

Os Rabelos ficam cansados,

De tanto "Virus" no ar.


Depois do rio galgar as margens,

E as zonas ribeirinhas alagar,

Os Rabelos ficam cansados,

De ver Gaia e Porto a chorar.


Mas as barragens estão cheias,

E precisam ser descarregadas,

Os Rabelos ficam cansados,

De ver as margens inundadas.


Cecília Macedo


MIRAGAIA

Loop



Quem é que não conhece,

A nossa velhinha Miragaia?

Com muros altos de pedra

Que se veem do lado de Gaia.


Miragaia é um pouco do Porto,

Com ruelas e ruas medievais,

Procurada para fotografar

Por portuenses e demais!


Quem anda por Miragaia,

Vê nas varandas roupa estendida,

Azulejos com o nome das ruas,

E muita cultura escondida.


Em muitas das tascas,

Ouve-se  fado e poesia,

E nas esplanadas de Verão,

Soam risos de alegria.


Casario muito portuense,

Que  capta o nosso olhar,

Muitas casas abandonadas,

E  outras a restaurar.


Ruelas, arcadas e escadaria,

Com segredos para contar,

Sotaque típico e único

Um belo lugar para passear.


Cecília Macedo

domingo, 22 de março de 2020

Não tínhamos tempo

Não tínhamos tempo
Tempo, tempo, tempo

Nunca tínhamos tempo,
Tempo para telefonar a mãe, avó ao irmão ou
a um amigo que não víamos há muito tempo!

Não tínhamos tempo,
Tempo para brincar com os nossos filhos, jogar com eles à bola,
ou até jogos que eles tanto gostam de jogar com adultos!

Não tínhamos tempo,
de acompanhar a nossa companheira às compras,ou reparar que ela tinha ido ao cabeleireiro!

Não tínhamos tempo,
de ler, ver um filme em família,e estarmos no aconchego do lar!

Não tínhamos tempo,
De cumprimentar o vizinho mais velho,
saber como ele está, e oferecer-lhe os nossos préstimos.

Não tínhamos tempo,
Corríamos 24 horas por dia, e o dia parecia pequeno.

Não tínhamos tempo...
Hoje infelizmente temos todo o tempo do mundo.

Porque um virus nos apareceu e porque temos que fugir dele,
resguardando.nos,para nosso bem e bem dos outros,já temos tempo.

Ligamos à mãe e avó, ao irmão e ao amigo,
Fazemos companhia à nossa companheira,
olhamos para ela como já não olhávamos à muito tempo,
brincamos com os nossos filhos,

Cumprimentamos o nosso vizinho,
nem que seja ao longe
preocupamo-nos com o velhinho do prédio.
Não tínhamos tempo

Enfim como um virús, uma coisa que sem se vê,
um fluído venenoso, pode virar a nossa maneira de ser,
e de pensar de um momento para o outro?

Céci
22/03/20

CoronaVirus tempo de Reflexão

Engraçado, eu sempre dei muito valor a tudo que tinha, e que tenho, mas há pequenas coisas que até aqui pareciam coisas normais, e hoje e só com uma semana em casa, a mim parecem-se coisas enormes e de imenso valor.
Hoje quando me levantei e vim à janela deparei com um dia lindo, que em dias normais seriam para sair, e como é Domingo nós e os manos iríamos comer a nossa regueifa, como bons portuenses, e depois daríamos um belo passeio ao Sol.
Parecem coisas tão normais não parecem? Coisas até sem muita importância, mas hoje estando de quarentena, e não sabendo quando é que poderemos voltar aos nossos velhos hábitos, encontrarmos e abraçarmos familiares e amigos,de quem tanto gostamos, só nos resta ter Fé e Muita Esperança para dias melhores.
Já viram como éramos tão felizes e nem sabíamos?

Céci

segunda-feira, 16 de março de 2020

COnVIDo a Quarentena



O nome dele é COVID-19
E este é o termo correto,
Corona Virús há vários
Covid é o que está certo!

Agora que estou de quarentena
E com certeza seguir à risca
Aproveito para escrever
Para não começar a dar faísca

E o meu primeiro poema,
É sobre este vírus impiedoso,
Que ataca tudo e todos,
Como um autentico criminoso.

Sendo esta fonte contagiosa,
De transmissão confirmada,
Ainda em investigação,
Diz noticia publicada.

Por isso o governo decreta,
Quarentena para Portugal
Temos que nos proteger,
Deste contágio exponencial!

Mas o mundo está em pânico,
Assaltam-se supermercados,
Há cenas de pancadaria,
Um pouco por todo o lado.

Esgotam-se os alimentos,
Massas, álcool e até gel
Mas não sei se era preciso,
Levar rolos e rolos de papel!!

Inventam-se informações,
Muitas delas de mau gosto,
O Covid não gosta de calor?
Então as gripes em Agosto?

De uma coisa temos a certeza,
Este caso não é para brincar,
Mas não podemos ir abaixo,
E muito menos pirar!

Vamos manter a calma,
E seguir da OMS indicações,
O aumento de casos Covid-19
Depende das nossas acções.

Vamos cuidar dos outros,
Vamos cuidar de nós,
Cuidar das nossas crianças,
Cuidar dos nossos avós!

Cecília Macedo
16/03/20

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

TAROUCA CIDADE ENCANTADA



Tarouca cidade encantada,
Com Vales e Serras de magia,
Enfeitiça quem por lá passa,
Transformando-se em poesia!

Gentes de coração enorme,
Pessoas que são do Bem,
Com tradições seculares,
E recebem como ninguém.

Bem do alto da serra
De Santa Helena chamada
A paisagem é deslumbrante,
E também abençoada.

Aos pés de Santa Helena,
Fica Tarouca maravilhosa,
Banhada pelo grande rio
Que se chama o Varosa

O rio que nasce na Serra
E vai para o Douro a correr,
Passando por belíssimas pontes,
Que todos querem conhecer.

Tarouca de encantos mil,
Com o rio, o vale e as gentes,
Inspiras pintores e poetas,
Com tudo aquilo que sentes

Cecília Macedo

ESTENDAIS DA AFURADA



Estendais da Afurada
Como adoro os estendais,
Da pequena Vila da Afurada,
Com pedras, cordas e paus,
Que a primeira vista nos agrada

Ao passar pelos estendais,
Com a roupa a esvoaçar,
Cheira-se o fresco da roupa,
Que ali está ao Sol a secar

Roupa lavada no lavadouro,
Com sabão azul e rosa
O amaciador para dar cheirinho,
E a Varina sente-se airosa!

Quando vejo  o avental da varina,
Lembro-se de tempos que lá lá vão,
De mão à cintura e canastra à cabeça,
A espalhar o esquecido pregão!

Como eu gosto da Afurada,
De traineiras e  dura pesca.
Abençoada pelo S. Pedro
Ela é única e e pitoresca

Cecília Macedo
02/02/20

segunda-feira, 18 de março de 2019

Amo-te Sempre


Eu dei-te a vida e tu o significado e felicidade à minha.
Amo-te filha!


Amo-te Sempre...

Amo-te quando chove.
quando faz frio,
quando erras,
quando acertas,
quando és chata,
quando és meiga,
quando estás feliz,
quando estás triste,
quando pensas que és minha mãe,
quando me dizes que te orgulhas de mim,
quando me abraças,
quando me dá um beijo.
quando queres concretizar os meus sonhos,
quando os concretizas,
quando te vejo a trabalhar,
quando te vejo a estudar,
quando te vejo a namorar,
quando sorris,
quando choras,
quando tudo está certo,
quando procuras os meus conselhos,
quando eu procuro os teus,
Amo-te, amo-te e amo-te
em todos os momentos da tua Vida!

Cecília Macedo

TICO





Eu tenho um gato,
Que se chama Tico,
É de fino trato,
Mas não é nada rico

O Tico gosta de Sol,
E estica-se na  janela
Ou enrola-se como caracol,
No sofá de flanela.

De olhar açucarado.
Mas também misterioso,
Ele por mim é amado,
E acho-o gracioso

Gosta de me acordar,
Com beijinhos e miados
É sempre o meu despertar 
Sempre com agrados
 
Quando os 5 minutos acontecem
Ele corre como um desenfreado,
Mas quando desaparecem
Ele fica calmo e delicado

Sabe ser provocador
Quando connosco quer brincar,
De barriga no ar sem pudor
Para depois nos mordiscar.

Esquisito na comida,
Nada de salmão ou pescada,
Frango na comida húmida,
E comida seca e mais nada.

Nada em cima dos móveis
Porque ele põe tudo ao chão,
Nem relógios nem telemóveis,
Que para ele são uma atração

Quando quer pede miminhos
Faz rom-rom e dá turrinhas
Semicerra os olhinhos
E dá também cabeçadinhas

E quando a toca a campainha
Esteja onde estiver,
Ele para a porta caminha,
Porque quer ver para crêr

E é assim o meu adoptivo,
que eu amo de paixão,
Ele é muito afectivo,
E tem um lindo coração.

Cecília Macedo

terça-feira, 25 de setembro de 2018

Gaia Todo um Mundo - Estendais



Ensaios


Gaia Todo um Mundo - Estendais: ESTENDAIS - Instalação-performance Direcção Artística de Mariana Amorim 27 de Setembro, às 14h, Flávio Rodrigues 28 de Setembro, às 16h, Cláudia Eiras 29 de Setembro, às 15h30, Cláudia Eiras 30 de Setembro, às 17h, Flávio Rodrigues Duração: Permanente Uma das leituras que podemos fazer sobre uma cidade é se tem ou não estendais visíveis nas suas janelas e o conteúdo dos mesmos. De repente temos uma imagem que nos permite entrar nas vidas alheias. Da pesquisa desenvolvida com

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

Meninos do Rio







É nas zonas Ribeirinhas,
Que a Ponte Luís I é atracção
Porque os meninos do Rio
Chamam a nossa atenção



A troco de algumas moedas,
Os meninos atiram-se ao Douro,
Correndo todos os riscos,
Nesta idade que é de Ouro



Não deixam ninguém indiferente,
Com estes gestos de bravura,
Que podem acabar com a Vida,
Numa simples, mas louca aventura.



São 17 metros de coragem,
Que prendem o nosso olhar
Saltando do 2º tabuleiro,
Como se estivessem a voar.



Menino do rio, 
Que por Tu tratas o Douro,
Deus te proteja sempre,
Neste teu ancoradouro.



Cecília Macedo


quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Sou Moliceiro


(Foto: Paulo Dias)



Nem sou Rabelo,
Nem sou Cacilheiro,
Sou o Moliceiro.
Da bela Ria de Aveiro

Caminho nas águas serenas,
De proa decorada e colorida,
Com frases bem humoradas
Que brincam com o dia-a-dia!

De sirga, vela e vara,
Contra o vento e a corrente,
Passo por canais estreitos,
Como o fazia antigamente

Já transportei  moliço,
Fui o pão de muita gente,
Hoje transporto turistas,
E sinto-me imponente.

Sou como uma lenda viva,
Que ao marinheiro tráz saudade,
Hoje transformado em poesia,
Que dignifica a minha cidade.

Cecília Macedo
22/02/17

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Há dias

(Foto: Paulo Mendes)




Há dias que choro,
Outros que rio,
Os que acredito,
E nos que não confio!

Há dias de Sol,
Outros de frio,
Os que me aquecem,
E nos que me arrepio.

Há dias de Saudade,
Outros de presença,
Os que me entristecem,
E os da indiferença.

Há dias iluminados,
Outros encobertos,
Os que me alegram,
E os que são abertos.

E há dias...

Que uma palavra, um gesto,
Um olhar ou um sorriso,
Me fazem perceber,
Que só de Viver eu preciso.

Cecília Macedo
26/09/16

sábado, 17 de setembro de 2016

DRAMA


(Foto e Título:  Litó Godinho)


Faço tudo por instinto,
Tenho medo que o mundo acabe,
Sem fazer de tudo um pouco,
Sem dar ouvidos a quem sabe!

Como escolho as pessoas certas?
Que grupo posso eu escolher?
São tantas as minhas incertezas,
Que nunca sei o que fazer.

Ninguém me compreende,
Nem têm comigo paciência
Prefiro ficar quieta e calada,
Esquecer a minha existência.

Ninguém gosta de mim,
Prefiro por isso isolar-me
Falar com amigos da escola
E muitas vezes baldar-me.

Temos uma linguagem própria,
Gostamos de nos divertir,
E juntos sentimo-nos gente,
Adolescentes a sorrir.

A adolescência não é um Drama,
Drama é os adultos se esquecerem,
Que já foram adolescentes um dia,
E que o amor sincero nos faz crescer.

Cecília Macedo
16/09/2016 


CÉU AZUL


(foto: Paulo Mendes Dias)



No imenso céu azul
Vejo as nuvens a passar.
Sinto em mim um impulso
De um dia querer voar.

Parece tudo tão bonito,
Tão tranquilo e sereno,
Talvez se um dia voasse,
Meu mundo fosse pleno.

Se eu pudesse tocar,
Aquelas nuvens de algodão,
Seria como se flutuasse,
Numa grande bola de sabão.

O que haverá para além das nuvens,
E também para além do céu?
Realização de sonhos,
Esquecer o que já doeu?

Eu queria no céu imenso,
Poder finalmente flutuar
Senti-lo como um oceano,
e ouvir o seu marulhar.

Cecília Macedo

15/09/16

sexta-feira, 8 de julho de 2016

A Anémona





A Anémona de Matosinhos,
Em 2004 foi inaugurada,
É diferente a cada momento
E aos pescadores dedicada.

É uma escultura diferente,
Da Janet Echelman, americana,
Que balança com o vento,
Nesta paisagem urbana.

"She changes" e "She moves"
Foram os nomes que lhe deram,
Por estar sempre em movimento,
Mas Anémona foi o que escolheram.

Com ventos e vendavais,
Ela tem sempre outro encanto,
Porque a dança das redes,
Causa uma grande espanto.

Tem 42 m de diâmetro,
De cores branca e vermelha,
Feita de material sintético,
Ela depressa ficou velha.

Mas em 2007 adoeceu,
E teve que ses arranjada,
Porque os pescadores,
Não a queriam ver degrada.

E hoje é linda e vistosa,
E com imensas coreografias,
O orgulho dos Matosinhenses,
Que lhes trás só alegrias,

Cecília Macedo
07/07/16

No Areal




(Foto: Paulo Mendes)


Ao entardecer na praia deserta,
Caminho deixando pegadas,
Quem quiser pode seguir-me,
Porque elas ficam gravadas

Em direcção ao Por-do-sol,
Eu continuo a caminhar,
Abraçada pela brisa,
E perfumada pelo  mar,

E já mais perto do sol,
Que se prepara para dormir,
Corro para ver de perto,
O seu alaranjado e sorrir.

E acabo assim a caminhada,
Entrando finalmente no mar.
Esperando que escureça,
Para tomar banho de luar.

Cecília Macedo
29/06/16

Recomeçar






(Foto: Paulo Mendes)



Para quê adiar,
um novo recomeçar,
Não adianta parar,
Temos que continuar.

O caminho pode ser longo,
Mas não vamos ter pressa,
Vamos começar de novo,
E cumprir esta promessa!

Deixamos para trás.
Tudo o que nos fez mal,
Começando tudo de novo,
E fazer um grande final.

Vamos ver o amanhecer,
Sentir a brisa da manhã
Contemplar o por-do-sol,
E não sentir a Vida vã.

Cecília Macedo
28/06/16

quinta-feira, 30 de junho de 2016

As Còres da Vida



Eu gosto da côr,
Que realça o meu dia,
Pinta o meu coração,
Deixa-o com alegria!

O Azul é harmonia
Sinto tranquilidade,
É como olhar o céu
que me dá serenidade.

Adoro a côr Verde
Para mim sempre esperança,
Com ele sinto a liberdade,
Que sentia quando era criança.

O Amarelo é sempre luz,
E com ele vem a alegria,
Calor e muito optimismo,
Que ornamenta o meu dia.

O Vermelho é paixão,
Ou então muito amor
O motor da minha vida
E que lhe dá mais sabor.

O Branco sinal de Paz
E também de pureza,
Interiorizado em mim
É da minha natureza.

O Preto faz parte da Vida,
E traz muitas saudade
Tristeza e melancolia,
Alheios à nossa vontade.

Cecília Macedo
04/07/16

Foz do Douro

(Foto: Paulo Mendes)

Onde o rio acaba,
e o Mar se inicia,
A Foz do Douro,
É uma linda poesia.

O som das ondas,
E o cheiro a maresia,
São como sempre,
Uma óptima companhia.

Acompanhar o areal,
Da Foz até ao Castelo,
É um cenário perfeito,
Onde tudo é tão belo.

Ao fim da tarde com magia
O infinito prende o olhar,
E as cores com harmonia,
Tornam encantador o lugar.

Minha Foz, meu tesouro,
Que me consegues inspirar,
Com teu encanto e beleza,
No teu lindo e imenso mar!

Cecília Macedo
28/06/16
--

A Outra Margem


(foto Paulo Dias)


A melhor vista do Porto
É de Gaia a sua amada,
Desde a Ponte D. Luís,
Até a Marina da Afurada,

Gaia tem seus encantos,
E logo o Porto se encantou,
E nem as margens do rio,
O Porto de Gaia separou.

Unidas por suas tradições,
Porto e Gaia não têm idade,
São para para nós um orgulho,
E enchem-nos de vaidade,

Traineiras e barcos de recreio,
Embelezam a outra margem.
Tornado o olhar de quem passa
Preso à belíssima paisagem.

Cecília Macedo
24/06/16

Ruelas Escondidas



(Foto: Paulo Mendes)


Nas ruelas escondidas,
Com casas bem coloridas,
Descobrimos caminhos,
Com subidas e descidas.

Todos os caminhos pedra,
E escadarias seculares,
O Porto com sua magia
Prende os nossos olhares!

Desde a época medieval,
E depois de recuperados,
As gaivotas sobrevoam
Os desenhados telhados.

As varandas portuenses
Feitas de ferro forjado,
Foram palco muitas vezes,
De histórias de um passado!

Percorrendo estas ruelas,
e recantos escondidos,
Caminhamos no tempo
Com todos os sentidos.

Se aquelas ruas falassem,
Muito tinham que nos contar,
Esta cidade é fascinante,
E tem o dom de encantar.

Cecília Macedo
26/06/16

terça-feira, 21 de junho de 2016

Redes do Pescador

(foto: Paulo Mendes)



Nas redes estão tuas angústias
E muitas das tuas alegrias
Mas procuras o teu sustento,
Nas abençoadas pescarias!

Enfrentas as tempestades,
Sempre com muita esperança,
Como um guerreiro com fé,
Que acredita na Bonança,

Quando uns se vão deitar, 
Começa o teu acordar,
Despedes-te dos teus filhos,
E deixas tua mulher a rezar.

E mais um dia vais à luta,
Com as tuas redes desertas
Levas sonhos no seu barco.
Mas na tua faina despertas!


E quando vens do alto mar,
Deixas as ondas e os rochedos,
Voltas com peixe para o jantar,
E deixas para trás teus medos.

Cecília Macedo
17/06/16

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Terra Fértil


Foto: Paulo Mendes


Entre o Primavera e o Verão,
Iniciam-se as sementeiras
Com a terra bem preparada,
O milho é plantado em fileiras!

E no céu as nuvens macias,
cobrindo os verdes campos,
Que esperam o abrir do Sol,
Para mostrar seus encantos,

Apontadas para o Céu,
Como se estivessem a orar,
As espigas vão dourando
Até a altura de as mondar

Quando chega o momento
De fazer a sua colheita
O lavrador agradece,
Pela natureza ser perfeita.

E assim vamos ter os cereais,
E o pão que sai da fornalha
Precisamos valorizar a Terra ,
E o homem que a trabalha.


Cecília Macedo
15/06/16

quinta-feira, 16 de junho de 2016

O Porto tem Magia

Foto: Paulo Mendes



Meu Porto. minha Invicta,
Simples e de grande beleza,
Com costumes e tradições,
Terra de extensa nobreza.

A tua noite tem magia,
E prende o nosso olhar,
Como qualquer poesia,
Que vai do rio ao mar.

Esse leito do teu rio,
Iluminado pelas estrelas,
Que à noite parece veludo
E tornam as margens belas!

Contornado pelo casario,
Desde a Foz até à Ribeira,
O Douro é força eminente,
Da toda a alma  tripeira.

Abraçado pelas pontes,
Com uma certa nostalgia,
Os Rabelos ancorados,
São a sua companhia.

Minha cidade amada,
E de única identidade
Quanto mais penso em ti,
Mais eu morro de saudade! 

Cecília Macedo

16/06/16