domingo, 22 de março de 2020

Não tínhamos tempo

Não tínhamos tempo
Tempo, tempo, tempo

Nunca tínhamos tempo,
Tempo para telefonar a mãe, avó ao irmão ou
a um amigo que não víamos há muito tempo!

Não tínhamos tempo,
Tempo para brincar com os nossos filhos, jogar com eles à bola,
ou até jogos que eles tanto gostam de jogar com adultos!

Não tínhamos tempo,
de acompanhar a nossa companheira às compras,ou reparar que ela tinha ido ao cabeleireiro!

Não tínhamos tempo,
de ler, ver um filme em família,e estarmos no aconchego do lar!

Não tínhamos tempo,
De cumprimentar o vizinho mais velho,
saber como ele está, e oferecer-lhe os nossos préstimos.

Não tínhamos tempo,
Corríamos 24 horas por dia, e o dia parecia pequeno.

Não tínhamos tempo...
Hoje infelizmente temos todo o tempo do mundo.

Porque um virus nos apareceu e porque temos que fugir dele,
resguardando.nos,para nosso bem e bem dos outros,já temos tempo.

Ligamos à mãe e avó, ao irmão e ao amigo,
Fazemos companhia à nossa companheira,
olhamos para ela como já não olhávamos à muito tempo,
brincamos com os nossos filhos,

Cumprimentamos o nosso vizinho,
nem que seja ao longe
preocupamo-nos com o velhinho do prédio.
Não tínhamos tempo

Enfim como um virús, uma coisa que sem se vê,
um fluído venenoso, pode virar a nossa maneira de ser,
e de pensar de um momento para o outro?

Céci
22/03/20

CoronaVirus tempo de Reflexão

Engraçado, eu sempre dei muito valor a tudo que tinha, e que tenho, mas há pequenas coisas que até aqui pareciam coisas normais, e hoje e só com uma semana em casa, a mim parecem-se coisas enormes e de imenso valor.
Hoje quando me levantei e vim à janela deparei com um dia lindo, que em dias normais seriam para sair, e como é Domingo nós e os manos iríamos comer a nossa regueifa, como bons portuenses, e depois daríamos um belo passeio ao Sol.
Parecem coisas tão normais não parecem? Coisas até sem muita importância, mas hoje estando de quarentena, e não sabendo quando é que poderemos voltar aos nossos velhos hábitos, encontrarmos e abraçarmos familiares e amigos,de quem tanto gostamos, só nos resta ter Fé e Muita Esperança para dias melhores.
Já viram como éramos tão felizes e nem sabíamos?

Céci

segunda-feira, 16 de março de 2020

COnVIDo a Quarentena



O nome dele é COVID-19
E este é o termo correto,
Corona Virús há vários
Covid é o que está certo!

Agora que estou de quarentena
E com certeza seguir à risca
Aproveito para escrever
Para não começar a dar faísca

E o meu primeiro poema,
É sobre este vírus impiedoso,
Que ataca tudo e todos,
Como um autentico criminoso.

Sendo esta fonte contagiosa,
De transmissão confirmada,
Ainda em investigação,
Diz noticia publicada.

Por isso o governo decreta,
Quarentena para Portugal
Temos que nos proteger,
Deste contágio exponencial!

Mas o mundo está em pânico,
Assaltam-se supermercados,
Há cenas de pancadaria,
Um pouco por todo o lado.

Esgotam-se os alimentos,
Massas, álcool e até gel
Mas não sei se era preciso,
Levar rolos e rolos de papel!!

Inventam-se informações,
Muitas delas de mau gosto,
O Covid não gosta de calor?
Então as gripes em Agosto?

De uma coisa temos a certeza,
Este caso não é para brincar,
Mas não podemos ir abaixo,
E muito menos pirar!

Vamos manter a calma,
E seguir da OMS indicações,
O aumento de casos Covid-19
Depende das nossas acções.

Vamos cuidar dos outros,
Vamos cuidar de nós,
Cuidar das nossas crianças,
Cuidar dos nossos avós!

Cecília Macedo
16/03/20

terça-feira, 11 de fevereiro de 2020

TAROUCA CIDADE ENCANTADA



Tarouca cidade encantada,
Com Vales e Serras de magia,
Enfeitiça quem por lá passa,
Transformando-se em poesia!

Gentes de coração enorme,
Pessoas que são do Bem,
Com tradições seculares,
E recebem como ninguém.

Bem do alto da serra
De Santa Helena chamada
A paisagem é deslumbrante,
E também abençoada.

Aos pés de Santa Helena,
Fica Tarouca maravilhosa,
Banhada pelo grande rio
Que se chama o Varosa

O rio que nasce na Serra
E vai para o Douro a correr,
Passando por belíssimas pontes,
Que todos querem conhecer.

Tarouca de encantos mil,
Com o rio, o vale e as gentes,
Inspiras pintores e poetas,
Com tudo aquilo que sentes

Cecília Macedo

ESTENDAIS DA AFURADA



Estendais da Afurada
Como adoro os estendais,
Da pequena Vila da Afurada,
Com pedras, cordas e paus,
Que a primeira vista nos agrada

Ao passar pelos estendais,
Com a roupa a esvoaçar,
Cheira-se o fresco da roupa,
Que ali está ao Sol a secar

Roupa lavada no lavadouro,
Com sabão azul e rosa
O amaciador para dar cheirinho,
E a Varina sente-se airosa!

Quando vejo  o avental da varina,
Lembro-se de tempos que lá lá vão,
De mão à cintura e canastra à cabeça,
A espalhar o esquecido pregão!

Como eu gosto da Afurada,
De traineiras e  dura pesca.
Abençoada pelo S. Pedro
Ela é única e e pitoresca

Cecília Macedo
02/02/20