terça-feira, 27 de setembro de 2016

Há dias

(Foto: Paulo Mendes)




Há dias que choro,
Outros que rio,
Os que acredito,
E nos que não confio!

Há dias de Sol,
Outros de frio,
Os que me aquecem,
E nos que me arrepio.

Há dias de Saudade,
Outros de presença,
Os que me entristecem,
E os da indiferença.

Há dias iluminados,
Outros encobertos,
Os que me alegram,
E os que são abertos.

E há dias...

Que uma palavra, um gesto,
Um olhar ou um sorriso,
Me fazem perceber,
Que só de Viver eu preciso.

Cecília Macedo
26/09/16

sábado, 17 de setembro de 2016

DRAMA


(Foto e Título:  Litó Godinho)


Faço tudo por instinto,
Tenho medo que o mundo acabe,
Sem fazer de tudo um pouco,
Sem dar ouvidos a quem sabe!

Como escolho as pessoas certas?
Que grupo posso eu escolher?
São tantas as minhas incertezas,
Que nunca sei o que fazer.

Ninguém me compreende,
Nem têm comigo paciência
Prefiro ficar quieta e calada,
Esquecer a minha existência.

Ninguém gosta de mim,
Prefiro por isso isolar-me
Falar com amigos da escola
E muitas vezes baldar-me.

Temos uma linguagem própria,
Gostamos de nos divertir,
E juntos sentimo-nos gente,
Adolescentes a sorrir.

A adolescência não é um Drama,
Drama é os adultos se esquecerem,
Que já foram adolescentes um dia,
E que o amor sincero nos faz crescer.

Cecília Macedo
16/09/2016 


CÉU AZUL


(foto: Paulo Mendes Dias)



No imenso céu azul
Vejo as nuvens a passar.
Sinto em mim um impulso
De um dia querer voar.

Parece tudo tão bonito,
Tão tranquilo e sereno,
Talvez se um dia voasse,
Meu mundo fosse pleno.

Se eu pudesse tocar,
Aquelas nuvens de algodão,
Seria como se flutuasse,
Numa grande bola de sabão.

O que haverá para além das nuvens,
E também para além do céu?
Realização de sonhos,
Esquecer o que já doeu?

Eu queria no céu imenso,
Poder finalmente flutuar
Senti-lo como um oceano,
e ouvir o seu marulhar.

Cecília Macedo

15/09/16

sexta-feira, 8 de julho de 2016

A Anémona





A Anémona de Matosinhos,
Em 2004 foi inaugurada,
É diferente a cada momento
E aos pescadores dedicada.

É uma escultura diferente,
Da Janet Echelman, americana,
Que balança com o vento,
Nesta paisagem urbana.

"She changes" e "She moves"
Foram os nomes que lhe deram,
Por estar sempre em movimento,
Mas Anémona foi o que escolheram.

Com ventos e vendavais,
Ela tem sempre outro encanto,
Porque a dança das redes,
Causa uma grande espanto.

Tem 42 m de diâmetro,
De cores branca e vermelha,
Feita de material sintético,
Ela depressa ficou velha.

Mas em 2007 adoeceu,
E teve que ses arranjada,
Porque os pescadores,
Não a queriam ver degrada.

E hoje é linda e vistosa,
E com imensas coreografias,
O orgulho dos Matosinhenses,
Que lhes trás só alegrias,

Cecília Macedo
07/07/16

No Areal




(Foto: Paulo Mendes)


Ao entardecer na praia deserta,
Caminho deixando pegadas,
Quem quiser pode seguir-me,
Porque elas ficam gravadas

Em direcção ao Por-do-sol,
Eu continuo a caminhar,
Abraçada pela brisa,
E perfumada pelo  mar,

E já mais perto do sol,
Que se prepara para dormir,
Corro para ver de perto,
O seu alaranjado e sorrir.

E acabo assim a caminhada,
Entrando finalmente no mar.
Esperando que escureça,
Para tomar banho de luar.

Cecília Macedo
29/06/16

Recomeçar






(Foto: Paulo Mendes)



Para quê adiar,
um novo recomeçar,
Não adianta parar,
Temos que continuar.

O caminho pode ser longo,
Mas não vamos ter pressa,
Vamos começar de novo,
E cumprir esta promessa!

Deixamos para trás.
Tudo o que nos fez mal,
Começando tudo de novo,
E fazer um grande final.

Vamos ver o amanhecer,
Sentir a brisa da manhã
Contemplar o por-do-sol,
E não sentir a Vida vã.

Cecília Macedo
28/06/16

quinta-feira, 30 de junho de 2016

As Còres da Vida



Eu gosto da côr,
Que realça o meu dia,
Pinta o meu coração,
Deixa-o com alegria!

O Azul é harmonia
Sinto tranquilidade,
É como olhar o céu
que me dá serenidade.

Adoro a côr Verde
Para mim sempre esperança,
Com ele sinto a liberdade,
Que sentia quando era criança.

O Amarelo é sempre luz,
E com ele vem a alegria,
Calor e muito optimismo,
Que ornamenta o meu dia.

O Vermelho é paixão,
Ou então muito amor
O motor da minha vida
E que lhe dá mais sabor.

O Branco sinal de Paz
E também de pureza,
Interiorizado em mim
É da minha natureza.

O Preto faz parte da Vida,
E traz muitas saudade
Tristeza e melancolia,
Alheios à nossa vontade.

Cecília Macedo
04/07/16

Foz do Douro

(Foto: Paulo Mendes)

Onde o rio acaba,
e o Mar se inicia,
A Foz do Douro,
É uma linda poesia.

O som das ondas,
E o cheiro a maresia,
São como sempre,
Uma óptima companhia.

Acompanhar o areal,
Da Foz até ao Castelo,
É um cenário perfeito,
Onde tudo é tão belo.

Ao fim da tarde com magia
O infinito prende o olhar,
E as cores com harmonia,
Tornam encantador o lugar.

Minha Foz, meu tesouro,
Que me consegues inspirar,
Com teu encanto e beleza,
No teu lindo e imenso mar!

Cecília Macedo
28/06/16
--

A Outra Margem


(foto Paulo Dias)


A melhor vista do Porto
É de Gaia a sua amada,
Desde a Ponte D. Luís,
Até a Marina da Afurada,

Gaia tem seus encantos,
E logo o Porto se encantou,
E nem as margens do rio,
O Porto de Gaia separou.

Unidas por suas tradições,
Porto e Gaia não têm idade,
São para para nós um orgulho,
E enchem-nos de vaidade,

Traineiras e barcos de recreio,
Embelezam a outra margem.
Tornado o olhar de quem passa
Preso à belíssima paisagem.

Cecília Macedo
24/06/16

Ruelas Escondidas



(Foto: Paulo Mendes)


Nas ruelas escondidas,
Com casas bem coloridas,
Descobrimos caminhos,
Com subidas e descidas.

Todos os caminhos pedra,
E escadarias seculares,
O Porto com sua magia
Prende os nossos olhares!

Desde a época medieval,
E depois de recuperados,
As gaivotas sobrevoam
Os desenhados telhados.

As varandas portuenses
Feitas de ferro forjado,
Foram palco muitas vezes,
De histórias de um passado!

Percorrendo estas ruelas,
e recantos escondidos,
Caminhamos no tempo
Com todos os sentidos.

Se aquelas ruas falassem,
Muito tinham que nos contar,
Esta cidade é fascinante,
E tem o dom de encantar.

Cecília Macedo
26/06/16

terça-feira, 21 de junho de 2016

Redes do Pescador

(foto: Paulo Mendes)



Nas redes estão tuas angústias
E muitas das tuas alegrias
Mas procuras o teu sustento,
Nas abençoadas pescarias!

Enfrentas as tempestades,
Sempre com muita esperança,
Como um guerreiro com fé,
Que acredita na Bonança,

Quando uns se vão deitar, 
Começa o teu acordar,
Despedes-te dos teus filhos,
E deixas tua mulher a rezar.

E mais um dia vais à luta,
Com as tuas redes desertas
Levas sonhos no seu barco.
Mas na tua faina despertas!


E quando vens do alto mar,
Deixas as ondas e os rochedos,
Voltas com peixe para o jantar,
E deixas para trás teus medos.

Cecília Macedo
17/06/16

sexta-feira, 17 de junho de 2016

Terra Fértil


Foto: Paulo Mendes


Entre o Primavera e o Verão,
Iniciam-se as sementeiras
Com a terra bem preparada,
O milho é plantado em fileiras!

E no céu as nuvens macias,
cobrindo os verdes campos,
Que esperam o abrir do Sol,
Para mostrar seus encantos,

Apontadas para o Céu,
Como se estivessem a orar,
As espigas vão dourando
Até a altura de as mondar

Quando chega o momento
De fazer a sua colheita
O lavrador agradece,
Pela natureza ser perfeita.

E assim vamos ter os cereais,
E o pão que sai da fornalha
Precisamos valorizar a Terra ,
E o homem que a trabalha.


Cecília Macedo
15/06/16

quinta-feira, 16 de junho de 2016

O Porto tem Magia

Foto: Paulo Mendes



Meu Porto. minha Invicta,
Simples e de grande beleza,
Com costumes e tradições,
Terra de extensa nobreza.

A tua noite tem magia,
E prende o nosso olhar,
Como qualquer poesia,
Que vai do rio ao mar.

Esse leito do teu rio,
Iluminado pelas estrelas,
Que à noite parece veludo
E tornam as margens belas!

Contornado pelo casario,
Desde a Foz até à Ribeira,
O Douro é força eminente,
Da toda a alma  tripeira.

Abraçado pelas pontes,
Com uma certa nostalgia,
Os Rabelos ancorados,
São a sua companhia.

Minha cidade amada,
E de única identidade
Quanto mais penso em ti,
Mais eu morro de saudade! 

Cecília Macedo

16/06/16

segunda-feira, 6 de junho de 2016

Todos os dias



Todos os dias,
Nascem crianças,
florescem rosas,
nascem rimas
e canções!

Todos os dias,
Nascem lembranças,
crescem saudades,
e batem os corações!

Todos os dias,
Agradecemos o respirar,
o Sol, as nuvens,
e até a chuva!

Todos os dias,
Nasce o sorriso
ou a lágrima,
cresce Amizade,
e o Amor.

Todos os dias,
Somos os mesmos,
com vontade de mudar,
mas com pouca coragem!

Cecília Macedo

sábado, 28 de maio de 2016

Hoje em Tarouca




E hoje dissemos Adeus ao Vitor, ao Chefe Vitor como é por todos conhecido em Tarouca. 

O Homem que também foi o pioneiro do Escutismo na sua cidade de coração e que partiu no dia 27 de Maio, coincidência ou não, foi o dia em que o O Corpo Nacional de Escutas - Escutismo Católico Português - nasceu em Braga  em 1923 
 
Homenageado por vários padres que já tinham passado pela sua paroquia, pelos seu escuteiros, e pelos seus catequizados, que foram testemunhas de todo o bem que ele fazia, pela cidade, pela igreja e pelos jovens.

Seguindo os ensinamentos do Baden Powell, fazer uma boa acção todos os dia por alguém era o seu lema.

Nunca soube dizer não a um pedido de um amigo, e estava pronto a qualquer hora do dia para ajudar fosse quem fosse.

O Vitor não era santo, nem estou a fazer dele santo, e quem o conhecia bem sabia que também tinha defeitos como todos nós.

Foi um lutador toda a Vida, e criava amizades com a maior facilidade, fiquei muito sensibilizada pelas palavras, e pela presença de tantos amigos, no entanto, e conhecendo um pouco da sua história, acho que por muitos nunca foi compreendido.

Hoje está em PAZ, deixou de sofrer e de fazer sofrer quem o acompanhou no seu dia-a-dia neste último ano.

Até um dia...

Chefe Vitor, Vitor, Vica, Nelo, Mano <3 div="">

Obrigada a todos que acolheram tão bem: Alexandre Cardoso, Ninha, Paula Pio e Paulo Chaves

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Para um Amigo/Irmão que nos deixou hoje



Se eu morrer antes de você, faça-me um favor.
Chore o quanto quiser, mas não brigue com Deus por Ele haver me levado.
Se não quiser chorar, não chore.
Se não conseguir chorar, não se preocupe.
Se tiver vontade de rir, ria.
Se alguns amigos contarem algum fato a meu respeito, ouça e acrescente sua versão.
Se me elogiarem demais, corrija o exagero.
Se me criticarem demais, defenda-me.
Se me quiserem fazer um santo, só porque morri, mostre que eu tinha um pouco de santo, mas estava longe de ser o santo que me pintam.
Se me quiserem fazer um demônio, mostre que eu talvez tivesse um pouco de demônio, mas que a vida inteira eu tentei ser bom e amigo.
Se falarem mais de mim do que de Jesus Cristo, chame a atenção deles.
Se sentir saudade e quiser falar comigo, fale com Jesus e eu ouvirei. Espero estar com Ele o suficiente para continuar sendo útil a você, lá onde estiver.
E se tiver vontade de escrever alguma coisa sobre mim, diga apenas uma frase :
'- Foi meu amigo, acreditou em mim e me quis mais perto de Deus!'
Aí, então derrame uma lágrima.
Eu não estarei presente para enxuga-la, mas não faz mal. Outros amigos farão isso no meu lugar.
E, vendo-me bem substituído, irei cuidar de minha nova tarefa no céu.
Mas, de vez em quando, dê uma espiadinha na direção de Deus. Você não me verá, mas eu ficaria muito feliz vendo você olhar para Ele.
E, quando chegar a sua vez de ir para o Pai, aí, sem nenhum véu a separar a gente, vamos viver, em Deus, a amizade que aqui nos preparou para Ele.
Você acredita nessas coisas?
Sim? Então ore para que nós dois vivamos como quem sabe que vai morrer um dia, e que morramos como quem soube viver direito.
Amizade só faz sentido se traz o céu para mais perto da gente, e se inaugura aqui mesmo o seu começo.
Eu não vou estranhar o céu. Sabe porque? Porque ser seu amigo já é um pedaço dele!
Padre Zezinho

quarta-feira, 18 de maio de 2016

Há Dias...




Hoje estou triste.
Porquê?
Porque sinto que a vida,
nem sempre é justa!

Sinto-me impotente,
por não poder fazer nada,
por quem sofre!

Sinto um nó na garganta,
que teima em não desatar!

E questiono-me constantemente,
Porque para Viver se tem que sofrer?

Porquê, porquê, porquê?

Poque há dias assim?

Cecília Macedo
18/5/2016

quarta-feira, 20 de abril de 2016

VIVER / EXISTIR



VIVER / EXISTIR

Viver é bem diferente de existir!
Há quem viva e quem apenas exista!

Viver é um espaço de tempo,
 que vale a pena ser Vivido!

Existir é apenas,
Nascer, crescer e morrer!

Viver é ter alegrias e tristezas,
sonhos, derrotas e vitórias,
é lutar pelo que se acredita,
é amar, e correr riscos, 

Viver é aprender todos os dias,
com os nossos erros,
partilhar experiências,
conhecer o desconhecido,
realizar o que podemos realizar!

Viver é passar pela Vida,
e sentir a sua intensidade,
a vida não para, 
temos que a valorizar,
e procurar ser coerente,
com o que dizemos e o que fazemos.

Viver não é fácil,
é um desafio constante,
temos que fazer opções,
escolher entre o bem e o mal,
e retirar as pedras do caminho,

Viver é chegar a um momento
que dizemos para nós próprios,
Valeu a pena ter vivido.

Viver é um espaço de tempo,
Em que temos que ter fé,
E não medo!


Cecília Macedo
20/04/16

segunda-feira, 4 de abril de 2016

AI... Como Eu Era Feliz....

(foto da net)



Ai... como eu era feliz,
se pudesse viajar,
para qualquer lugar,
onde houvesse luar,
e onde a lei fosse amar!

Ai.. como eu era feliz,
se tivesse um gato,
que corresse atrás do rato,
pelo meio do mato,
E que o homem fosse sensato!

Ai... como eu era feliz,
Se tivesse uma flôr
Que se chamasse Amor,
E que tivesse sabor,
A um mundo sem dor!

Ai... como eu era feliz,
Se vivesse perto do rio,
Ouvisse do vento o assobio,
Visse crescer o plantio,
E onde ninguém tivesse frio!

Ai... como eu era feliz,
Se vivesse junto ao mar,
Visse um peixe a saltar,
E de longe aclamar,
Que a guerra estava acabar.

Ai... como eu era feliz,
Se pudesse Viajar,
Ter um gato e uma flor,
E viver junto ao rio ou ao mar.

Ai... como eu era feliz,
Se a lei fosse amar,
Se o Homem fosse sensato,
Não houvesse dor no mundo,
Ninguém tivesse frio,
E ver a guerra acabar....

Cecília Macedo

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

O Sem-Abrigo


(foto da net)



Quando chove intensamente
Penso nos que não têm abrigo
No frio, na fome e na solidão
Esquecer isso, eu não consigo!

São, pessoas com sentimentos,
Que acabam por não saber quem são,
E andam às voltas no mundo
Sofrendo todos os dias com a exclusão.

São descriminados pelo modo de vida
Que muitas vezes não foi escolhida
Mas no meio de grande desespero
Ele encontrou como sua única saída.

Encontram sorrisos, e uma mão amiga
Em instituições,voluntários e bons corações
Que tudo fazem para mudar seus dias,
Mas não chega, são precisas soluções.

Este país tem que encontrar caminhos,
Abrir portas, tentar reintegra-los na sociedade,
Eles só precisam sentirem-se amados,
Respeitados e acima de tudo uma prioridade.

Não chega no Natal dar comida e cobertores,
Seringas e lugares mais quentes para pernoitar,
É preciso saber o problema de cada um,
Dialogar e ajudar este ser humano a reabilitar.

Ele tem direitos nesta sociedade
E para isso, todos temos que mudar,
A Vida não é sempre justa e Feliz
Mas fechar os olhos não vai ajudar.

Cecília Macedo
11/01/16

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Lembranças

Tenho lembranças,
De pessoas, de lugares
e até de cheiros.

Lembranças dos que amei,
e que um dia me amaram,
lembranças dos que deixei
e dos que um dia me deixaram!

Lembranças de sítios de sonho,
De onde eu jamais sairia,
Paisagens maravilhosas,
Tais como uma linda poesia!

Lembranças do cheiro a café,
Que avó fazia na cafeteira,
Do cheirinho da minha mãe
Que eu queria a vida inteira.

Lembro de risos e sorrisos,
De tristezas e alegrias
Sabores, gostos e amores
Loucuras e ousadias!

Como é bom lembrar,
As coisa que já lá vão,
Sentir que o que aconteceu
Foi por alguma razão.

Eu sou feita de lembranças.
De sonho e de amores sem fim
Mas não voltava atrás,
Tudo o que fui, continua em mim. 

Cecília Macedo
07/01/16

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Hoje Chove...



No silêncio da tarde,
ouço a chuva a cair,
Plic, ploc, plic, ploc
Não me apetece sair!

Este sussurro constante,
Que ao meu ouvido murmura
Deixa-me melancólica
Mas sinto a sua doçura.

Ouvindo esta cantilena,
Que se transforma em magia
O Plic ploc da chuva
Dá-me Paz e Harmonia!

Olhar através da janela
E ver os jardins a sorrir,
Porque um pingo de chuva
Faz uma planta florir.

A terra está perfumada,
Com este cheiro despertei
Transportou-me para lugares
Onde um dia já morei.

Plic, ploc, plic ploc...
Como é bom ouvir a chuva
E entender o que me diz,
Fechar com força os olhos
E sentir gelado o nariz.

Plic, ploc, plic, ploc.
Cecília Macedo
06/01/16

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Os Nossos Dias


OS NOSSOS DIAS

Os nossos dias,
são feitos de tudo
e feitos de nada!

Vivemos com lembranças,
de um dia que já passou,
E morremos de saudades,  
De quem partiu e nos deixou

Choramos para diminuir a dor,
De algo que nos abalou
E rimos de maneira fácil.
Pois só sabe rir quem chorou.

Mantemos a esperança
Porque a alma alimenta
Mas às vezes é a ilusão
Que a nossa mente alenta.

Procuramos a felicidade
Que pensamos que não temos.
Não valorizando o bem da Vida, 
Somos felizes sem sabermos.
 
E são estas pequenas coisas,
Que fazem o nosso dia
E dentro dele vivemos
E somos sua companhia.

Cecília Macedo