segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

O Sem-Abrigo


(foto da net)



Quando chove intensamente
Penso nos que não têm abrigo
No frio, na fome e na solidão
Esquecer isso, eu não consigo!

São, pessoas com sentimentos,
Que acabam por não saber quem são,
E andam às voltas no mundo
Sofrendo todos os dias com a exclusão.

São descriminados pelo modo de vida
Que muitas vezes não foi escolhida
Mas no meio de grande desespero
Ele encontrou como sua única saída.

Encontram sorrisos, e uma mão amiga
Em instituições,voluntários e bons corações
Que tudo fazem para mudar seus dias,
Mas não chega, são precisas soluções.

Este país tem que encontrar caminhos,
Abrir portas, tentar reintegra-los na sociedade,
Eles só precisam sentirem-se amados,
Respeitados e acima de tudo uma prioridade.

Não chega no Natal dar comida e cobertores,
Seringas e lugares mais quentes para pernoitar,
É preciso saber o problema de cada um,
Dialogar e ajudar este ser humano a reabilitar.

Ele tem direitos nesta sociedade
E para isso, todos temos que mudar,
A Vida não é sempre justa e Feliz
Mas fechar os olhos não vai ajudar.

Cecília Macedo
11/01/16

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Lembranças

Tenho lembranças,
De pessoas, de lugares
e até de cheiros.

Lembranças dos que amei,
e que um dia me amaram,
lembranças dos que deixei
e dos que um dia me deixaram!

Lembranças de sítios de sonho,
De onde eu jamais sairia,
Paisagens maravilhosas,
Tais como uma linda poesia!

Lembranças do cheiro a café,
Que avó fazia na cafeteira,
Do cheirinho da minha mãe
Que eu queria a vida inteira.

Lembro de risos e sorrisos,
De tristezas e alegrias
Sabores, gostos e amores
Loucuras e ousadias!

Como é bom lembrar,
As coisa que já lá vão,
Sentir que o que aconteceu
Foi por alguma razão.

Eu sou feita de lembranças.
De sonho e de amores sem fim
Mas não voltava atrás,
Tudo o que fui, continua em mim. 

Cecília Macedo
07/01/16

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Hoje Chove...



No silêncio da tarde,
ouço a chuva a cair,
Plic, ploc, plic, ploc
Não me apetece sair!

Este sussurro constante,
Que ao meu ouvido murmura
Deixa-me melancólica
Mas sinto a sua doçura.

Ouvindo esta cantilena,
Que se transforma em magia
O Plic ploc da chuva
Dá-me Paz e Harmonia!

Olhar através da janela
E ver os jardins a sorrir,
Porque um pingo de chuva
Faz uma planta florir.

A terra está perfumada,
Com este cheiro despertei
Transportou-me para lugares
Onde um dia já morei.

Plic, ploc, plic ploc...
Como é bom ouvir a chuva
E entender o que me diz,
Fechar com força os olhos
E sentir gelado o nariz.

Plic, ploc, plic, ploc.
Cecília Macedo
06/01/16

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Os Nossos Dias


OS NOSSOS DIAS

Os nossos dias,
são feitos de tudo
e feitos de nada!

Vivemos com lembranças,
de um dia que já passou,
E morremos de saudades,  
De quem partiu e nos deixou

Choramos para diminuir a dor,
De algo que nos abalou
E rimos de maneira fácil.
Pois só sabe rir quem chorou.

Mantemos a esperança
Porque a alma alimenta
Mas às vezes é a ilusão
Que a nossa mente alenta.

Procuramos a felicidade
Que pensamos que não temos.
Não valorizando o bem da Vida, 
Somos felizes sem sabermos.
 
E são estas pequenas coisas,
Que fazem o nosso dia
E dentro dele vivemos
E somos sua companhia.

Cecília Macedo