sexta-feira, 22 de julho de 2011

Numa Caixa Fechada









Abri uma caixa que estava guardada

E dentro dela havia uma longa estrada

De caminho curvo e bem serpenteado

Caminhei sozinha deixando o passado

E em cada curva que eu encontrava

Milhares de coisas eu imaginava

Boas e más, simples e complicadas

Umas para esquecer e outras desejadas

Vi pobres e ricos, felizes e contentes

Tristes, alegres e também doentes

Vi gente com fome, e outra com fartura

Gente falsa e má mas muita também pura

Vi amor e carinho, em muitos corações

Ouvi fado, baladas e outras canções

Crianças que brincavam muito felizes

Outras com dores e com cicatrizes

Velhos alegres e agradecendo a vida

Outros só pensavam numa despedida

E em cada curva que eu encontrava

Milhares de coisas eu imaginava

E nesta caixa que estava guardada

O caminho não era o que eu sonhava.

Cecília Macedo

4 comentários:

Agulheta disse...

Amiga Céci.Tanta verdade neste poema,sentido e bem profundo que toca em cada coração e alma.Este mundo em que vivemos,uns brincam ao faz de conta,outros aqueles que vê a miséria são colocados de lado pensando que estamos"tolos" para esses eu nem ligo,e aparecem alguns por aqui infelizmente.
Para ti amiga linda,um beijinho de amizade bfs

Dilmar Gomes disse...

Pois é amiga, as caixas fechadas do mundo nem contém aquilo que procuramos!
Grande abraço. Desejo-te um lindo fim de semana.

Kim disse...

Céci!
Pessoalmente gosto de todas as caixas que não as de Pandora.
Cada caixa é uma surpresa. Nela podemos encontrar sorrisos, abraços e sonhos, mas também todos os males do mundo.
Espero que o teu sonho não abra esta última.
Beijinho

Secreta disse...

Por vezes os caminhos que percorremos ficam muito aquem daquilo que desejavamos...mas, podemos sempre mudar a nossa rota.
Beijito.