segunda-feira, 12 de maio de 2014

O Violino








O Violino

Nada para fazer,
A manhã bonita,
Rumei à Ribeira!

Sentei num banco de pedra
E contemplei o “meu” rio,
Parecia um espelho,
Que quebrava
Quando um barco a motor passava!

Os turistas e alguns madrugadores
Começavam a dar alma
À Ribeira que acabava de acordar.

Até mim...
Chegou o som de um violino,
Que se misturou
Com os meus pensamentos!

Aquela melodia parecia um gemido,
Dor, grito, solidão talvez,
Mas chamava por mim!

Como estava só,
Decidi procura-la,
Segui  o som,
Pelas ruas estreitas,
E descobri o violino!

Tocado por um homem
De cara marcada pela idade,
De olhos doces e tristes,
Que já não sabia sorrir!

Aproximei-me,
E sem falar sorri!
Parecia que o violino chorava!
E mesmo sendo eu o único publico,
Ele não parou de tocar!

Ficou dentro de mim
Aquela cara, aqueles olhos
Mas mais do que isso,
Ficou aquele choro de dor,
Saudade ou talvez solidão!

Cecília Macedo
(12/05/14)

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