sábado, 8 de novembro de 2008

Sem Abrigo!











Com olhar desconfiado
Foge das multidões
O rosto cansado e triste
Vai escondendo as emoções

De mãos tremulas e sujas
Inchadas e com feridas
Ele procura no lixo
Roupas velhas e comida

Sua cama é de cartão
Dorme num vão de escada
Ele vive amargurado
Porque a sua vida é nada..

Não sabe para onde vai
Nem quem vai encontrar
Não sabe quando come
E não lembra de amar

Considerado por muitos
Corpo estranho no caminho
Esquecemos de o proteger
Dar-lhe abrigo e carinho

Vive de recordações
E de um longínquo passado
Refugia-se no álcool ou drogas
E é pela sociedade condenado

Na rua, no parque ou no café
Olhamo-lo como alma perdida
Mas ele não é só um corpo
É humano e têm vida

3 comentários:

Paula disse...

És uma pessoa extraordinária que te preocupas com estas pessoas que tiveram a infelicidade de não ter "sorte" na vida e que neste excelente poema tão bem retrataste. Adorei! Um beijinho muito grande.

Anônimo disse...

Gostei do teu blog, e não sabia que tinha uma amiga poeta, ehehe

Parabéns!

Bj
Carlos

Anônimo disse...

Ah! Gostei dos EZespecial