sábado, 29 de novembro de 2008

Lua Adversa



Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha

Fases que vão e que vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.

E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases, como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...

Cecília Meireles

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

A Minha Janela













Passa vento

Passa brisa

Sinto a calmaria do mar

Fico olhando o horizonte

A espera de um barco a passar

Um barco que traga amor,

Paz, alegria e esperança,

E que seja portador

Dos meus sonhos de criança!

sábado, 22 de novembro de 2008

Eu Estou Aqui ... Boss AC















Não tenho muito mas o pouco que tenho é teu
Se mais ninguém te ouvir tu sabes quem te ouve sou eu
E quando tiveres triste, com falta de um amigo
Fecha os olhos não temas porque eu vou estar aqui contigo
Eu sei que pensas muitas vezes que queres fugir
Eu sei que gritas e não tens ninguém para te acudir
Vida madrasta nada corre como a gente quer
Tens que enfrentar o destino para o que der e vier
Ao meu alcance faço tudo o que poder para ti
Peço desculpas pelos erros, sei que os cometi
Não vou julgar-te porque também eu posso ser réu
Não vou julgar-te porque tem te julga está no céu
Quero que saibas que podes contar com o meu amparo
Amizade pura é um sentimento cada vez mais raro
Conto contigo para fazeres o que faço por ti
E quando nada correr bem eu estou aqui

Se precisares de mim eu estou aqui
Quando quiseres falar eu estou aqui
Se te faltar um amigo eu estou aqui
Se precisares de alguém eu estou aqui
Se precisares de mim eu estou aqui
Quando quiseres falar eu estou aqui
Se te faltar um amigo eu estou aqui
Se precisares de alguém eu estou aqui

Tantas as coisas que juntos fizemos tu e eu
Custa a crer mas a verdade é que o tempo correu
Nem sempre é fácil ás vezes frases magoam
Sem deixar mágoas porque amigos são os que perdoam
É quando se vê quem é amigo de quem, no mal e no bem
Sentindo desdém rodeado de gente sem nunca ter ninguém
Alguém para falar, sempre pronto a escutar
A mão que se estende, a mão que te ajuda a levantar
Quem te corrige quando tu não sabes o que é certo
Quem te dá água quando te perdes nalgum deserto
Sempre por perto sempre pronto para chorar ou rir
Quem te conhece e sabes quando tu estás a mentir
Não sou perfeito mas sabes que sou sincero
Nunca te esqueças de mim aqui é tudo o que eu quero
E espero que nada nem ninguém nos faça separar
Conto contigo, comigo podes sempre contar...
Eu estou aqui

Se precisares de mim eu estou aqui
Quando quiseres falar eu estou aqui
Se te faltar um amigo eu estou aqui
Se precisares de alguém eu estou aqui

You can call me, I’ll be right there
You can call me, I’ll be right there

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Menino de Africa















Se eu mandasse neste mundo,
Sempre terias água e pão,
Não te faltariam as vacinas,
E, terias direito a educação!

Não consigo ficar indiferente
Ao ver-te com fome e desnutrido
Com o corpo seco e doente
Melhor seria não teres nascido!

Não há um sorriso no teu rosto
Teus olhos não vêem caminho
São tristes e negros como a fome
Que se atravessou no teu destino

Em pleno século XXI
Ainda sofres de mutilação genital
Atentado aos direitos humanos
So por uma questão cultural

Se eu mandasse neste mundo!
Queria ver-te sorrir e ir a escola,
Brincar e seres muito feliz
E com pão e leite na sacola.

Se eu mandasse neste mundo!
A guerra daria lugar à bonança
O pão tomaria conta da fome
E tu menino...
Serias merecidamente criança!

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Velhice...














Eu não quero ser velho

Porque a velhice entristece

Quero ser nova e bonita

Como o dia que amanhece


Se morrer fosse bonito

Como é o sol-pôr

Então eu queria morrer

Mesmo que fosse de amor


Dizem que para lá da morte

Nós temos uma outra vida

Então para que morremos?!

E só temos bilhete de ida?!



domingo, 16 de novembro de 2008

Procura


















O que procuras...
Vai depender de ti.
Alguém de pura beleza externa,
Ou alguém belo de interior?
Se procuras a beleza,
Busca-a dentro das pessoas,
Pois a beleza da imagem,
Nem sempre combina com o que você sempre sonhou...
Se procuras a verdade,
Busca-a na simplicidade
Se procuras o respeito,
Apresenta o que carregas contigo,
Se procuras a amizade,
Encontrarás certamente,
Em quem te apoiar nos momentos difíceis!
Se procuras companheirismo,
Encontrarás em quem te aceita como és...
Se procuras a felicidade,
Acredita nela!
Se procuras o amor,
Aceita-o de quem te oferece
sem te pedir nada em troca...
Entrega-te por inteiro
Sendo realmente, verdadeiro!

Lívia Dornelles

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Fecha os Olhos...















Fecha os olhos e sente,
A brisa, o cheiro e o som...

Que vês?
Não, tu não vês isso!
Tu vês o que quiseres ver!

Que sentes?
Não! Tu não sentes isso!
Sentes só o que quiseres sentir!

Que ouves?
Não! Tu não ouves isso!
Tu ouves o que queres ouvir!

Fecha os olhos!

Não vês um dia lindo de Sol?
Não sentes uma brisa no teu rosto?
Não ouves um sussurro que te chama?

Teus olhos sonham
Teu coração aquece
Teu rosto sente um beijo
E o teu corpo estremeçe!

Fecha os olhos...
...e verás!

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

segunda-feira, 10 de novembro de 2008





“Por mais que você ouça as mais belas frases de amor, sempre acredite não acreditando, porque o amor se prova agindo e não falando.”

sábado, 8 de novembro de 2008

Sem Abrigo!











Com olhar desconfiado
Foge das multidões
O rosto cansado e triste
Vai escondendo as emoções

De mãos tremulas e sujas
Inchadas e com feridas
Ele procura no lixo
Roupas velhas e comida

Sua cama é de cartão
Dorme num vão de escada
Ele vive amargurado
Porque a sua vida é nada..

Não sabe para onde vai
Nem quem vai encontrar
Não sabe quando come
E não lembra de amar

Considerado por muitos
Corpo estranho no caminho
Esquecemos de o proteger
Dar-lhe abrigo e carinho

Vive de recordações
E de um longínquo passado
Refugia-se no álcool ou drogas
E é pela sociedade condenado

Na rua, no parque ou no café
Olhamo-lo como alma perdida
Mas ele não é só um corpo
É humano e têm vida